Teve lugar no dia 19 de fevereiro, no Centro Científico e Cultural de Macau, o lançamento do livro de poesia, publicada e inédita, de Alberto Estima de Oliveira (1934-2008) – Entre o Imenso e o Nada – em boa hora publicado com o selo de qualidade da prestigiada editora Gradiva, numa edição de Ariadne Nunes, e Marta Pacheco Pinto, prefácio de Mónica Simas e posfácio de Ana Paula Laborinho, Ariadne Nunes e Marta Pacheco Pinto.
Alberto Estima de Oliveira é considerado um dos grandes poetas de Macau, onde viveu 20 anos. Nasceu em Lisboa, em 1934. Após o serviço militar e estadias em Angola e na Guiné muda-se para Macau em 1982, fundando a Companhia de Seguros de Macau. Regressou a Portugal em 2002, vindo a falecer em Lisboa em 2008.
Escreveu poesia desde os 18 anos, publicando os seus primeiros versos nos cadernos Vector II e III (Huambo) e Kazuela III – 1ª. Antologia de Poesia Africana de Expressão Portuguesa, organizada por David Mestre, em Luanda, e o seu primeiro livro – Tempo de Angústia – no Lobito. Mas é em Macau que se afirma como poeta. Grande parte da sua obra (oito livros) foi escrita e está publicada em Macau, onde colaborou também nos periódicos Macau e Revista de Cultura. Escreve até aos últimos dias de vida, deixando muitos poemas inéditos.
No seu prefácio Mónica Simas refere que “nas trilhas da poesia de Alberto Estima de Oliveira observo que ele não teve preocupação de mimetizar formas chinesas nem de basear-se em referências culturais formalizadas. Teve a preocupação de (com)viver e assimilar outros modos de viver naquilo que o nutriam na sua compreensão do mundo e só isso já o fez aproximar-se do sol.”
A Fundação Jorge Álvares concedeu o seu apoio à edição da referida obra literária num gesto de homenagem a Alberto Estima de Oliveira.
